Eu não sou do tipo "resistente"; pelo contrário, gosto muito de novidades...
Encaro novas tendências como atendimento remoto como uma ferramenta, desde que parcial e utilizado com responsabilidade pelos colegas consultores em gestão.
Mas tenho notado nestes últimos tempos que um número cada vez crescente de "profissionais" pratica a chamada "consultoria online" de forma integral, cobrando honorários que qualquer consultor de verdade sabe ser impraticáveis em função dos custos e tributos envolvidos em nossas atividades, e prestando serviços sem nuca ter visitado as empresas clientes.
Bem, isto sugere que somente um grande volume de serviço à que se dispõe este novo profissional cordeiro em pele de lobo lhe permite equilibrar as contas no final...
E quem são estes consultores à que me refiro?
Pelo que colegas e eu temos acompanhado no mercado, em sua maioria são profissionais de corporações que perderam seus empregos durante corte de custos em função da crise e estão lançando-se ou aderindo à iniciativas com cunho muito mais comercial do que responsável por fomentar o crescimento sustentável das organizações às quais oferecem seus serviços.
Em outro artigo, já tive a oportunidade de comentar que tais profissionais quase sempre conhecem somente a realidade (e o orçamento) das empresas em que trabalharam e que pouco podem acrescentar à empresas de outros ramos ou portes em termos de soluções personalizadas...
Você não sabe o valor de um bom profissional até ter que arcar com os prejuízos causados por um incompetente
O consultor empresarial tem como principal atributo e valor agregado não somente o conhecimento técnico que acumulou ao longo dos anos, mas principalmente a experiência e a vivência em diferentes situações pautadas por diferentes circunstâncias.
Se você, amigo empresário, recebe ofertas muito discrepantes em termos de valores, pense onde o prestador está economizando... Pode ser justamente na qualidade do serviço ou na qualificação dos recursos e pessoal que utiliza!
Estamos nos recuperando de uma crise econômica acentuada, mas não podemos descuidar justamente nesta fase de retomada, perdendo tempo e dinheiro com aventureiros e/ou vítimas do desemprego que não se prepararam para a nova carreira que escolheram ou com empresas que se aproveitam destes profissionais para fazer uma "consultoria telemarketing"...
Afinal, você tomaria o remédio que um médico passou sem lhe examinar? Fará isto com sua empresa?